terça-feira, 13 de novembro de 2012

Não sei por onde começar

Escrevi tão poucas linhas e já estou me sentindo melhor. Só pelo fato de ter tomado essa iniciativa e por ter tido coragem de expor a minha história. Difícil é saber exatamente o que posso contar, o que devo preservar para não ofender ou expor alguém querido. A única certeza que tenho é a de que quero escrever novamente, quero desabafar o que o meu coração precisa, quero ser livre ao menos aqui, para escrever. Nem meu marido, nem minhas poucas e boas amigas sabem hoje como estou me sentindo, o que tenho vontade ou não de fazer. Sempre fui muito fechada e tímida durante a minha adolescência, mas depois de ter me tornado professora concursada na rede estadual do ensino público e depois de ter sofrido para conquistar e fisgar o meu único e atual marido, achei que tinha mudado. E mudei, por fora, eu acho. Ou só não mudei quando o assunto sou eu. Falo de tudo, falo demais até, mas não tenho vez e voz para falar de mim. Talvez por isso eu precise tanto escrever agora, para buscar uma autoestima que ficou perdida lá no passado - há cinco anos e meio - quando eu não sabia mais o que pensar da vida, dividida entre a chegada da minha filha e a perda inesperada da minha mãe, dividida entre a depressão que o meu marido teve e o fato da nossa casa não ter ficado pronta a tempo e nós termos de morar de favor com os meus sogros.
É mesmo dificil saber por onde começar, mas acho que deve ser do ponto onde eu parei.

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